Big Data na indústria de Óleo e Gás
A
indústria de Exploração e Produção de Petróleo e Gás é uma
indústria que demanda uso intensivo de tecnologia, com necessidades
específicas em cada fase do ciclo de vida de um campo de petróleo e
gás.
Na
fase de exploração as companhias precisam realizar análises
sísmicas, investigando as áreas do subsolo, de forma que possam
identificar possíveis localidades produtoras. A análise sísmica
gera uma grande quantidade de dados e o emprego de soluções
analíticas avançadas, assim como de soluções de visualização
são fundamentais para aumento do potencial de acerto na decisão de
realizar perfurações. As companhias precisam maximizar o
descobrimento de novas reservas e reduzir o risco de perfurar poços
secos, que precisam ser depreciados no balanço da companhia.
Após
a exploração inicia-se o desenvolvimento dos campos, que requerem
técnicas avançadas de gerenciamento de ativos e portfólios de
projetos, gerenciamento do ciclo de vida dos produtos envolvidos,
otimização da cadeia logística, desenvolvimento dos fornecedores e
parceiros, obtenção e validação das informações obtidas nas
atividades de perfuração, desenvolvimento e completação dos
poços, etc, sempre buscando reduzir custos e tempo para finalização
das atividades. Nesta fase são definidos os recursos que serão
utilizados (FPSOs, Risers, Ancoragem, etc), sendo implementada toda a
infraestrutura necessária para a produção.
Com
o término do desenvolvimento e entrada em operação propriamente
dita, o foco passa a ser extrair petróleo e gás, sempre mantendo os
níveis de produção estimados para cada fase do projeto do campo,
manutenção dos ativos empregados na produção, acompanhamento dos
logs gerados (pressão, volume, temperatura) de forma que possam ser
tomadas medidas preventivas que garantam a otimização e
eficiência dos recursos.
O
uso de soluções baseadas em Big Data pode ser largamente empregado
nas diversas fases do ciclo de vida de um campo de petróleo.
Na
fase de exploração este tipo de solução pode ser usado para
processar os logs gerados, reconhecendo padrões a partir de
combinações de dados históricos com os dados obtidos durante a
campanha de sísmica. As informações não estruturadas podem ser
mescladas com informações existentes em bases de dados
estruturadas, possibilitando a construção de painéis analíticos
que possam auxiliar o trabalho dos geólogos e geofísicos. Na fase
de desenvolvimento, durante a perfuração, assim como nas atividades
diárias de produção, a análise de dados em tempo real pode
auxiliar na prevenção de anormalidades e falhas, garantindo os
níveis de produção.
De uma forma geral, uma quantidade muito grande de dados não estruturados são gerados diariamente e o seu processamento e análise pode contribuir para o aumento da eficiência e redução de custos.
No
próximo post começamos a tratar a parte técnica do Big Data,
envolvendo inicialmente Hadoop e MapReduce.
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